Quem Somos
Somos o Instituto Josefino, uma Família de Vida Consagrada Religiosa, fundada em Fortaleza, CE, Brasil, no dia 04 de janeiro de 1933; tem por fundadores, Monsenhor Luís de Carvalho Rocha, Rosita Paiva e Dom Antônio de Almeida Lustosa, que se complementaram na intuição e institucionalização do Carisma Josefino. Em 06 de janeiro de 1950, as primeiras Constituições foram aprovadas AD EXPERIMENTUM, por Dom Antônio de Almeida Lustosa. Em 25 de maio de 1963, o Instituto recebeu o “Nihil Obstat” da Santa Sé autorizando a sua ereção canônica Diocesana. Em 6 de janeiro de 1964 foi oficializado como Instituto Religioso de Direito Diocesano, por Dom José de Medeiros Delgado, então Arcebispo de Fortaleza.
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Em 28 de dezembro 1949, o Instituto teve seus Estatutos reconhecidos civilmente como “Sociedade Educacional e Beneficente São Jose” por intermédio de Dom Antônio de Almeida Lustosa.
A finalidade do Instituto é a glória de Deus, o bem da Igreja, a santificação dos seus membros, pela vivência da Palavra de Deus e observância dos Conselhos Evangélicos de Castidade, Pobreza e Obediência, na defesa da fé e da vida, “até o martírio – martírio de Sangue”.
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A Josefina vive o Mistério da Encarnação na espiritualidade Cristocêntrica, Mariana, Josefina, na Mística Eucarística, Martirial e Sacerdotal, em inteira dedicação à evangelização, “como filhas da Igreja, a ela servindo com aquele amor e doação ao sacerdócio e aos sacerdotes a que Monsenhor se sentiu chamado para inculcar-nos”.
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“A Josefina tem em Maria, Rainha dos Mártires, mulher que assume o sofrimento humano, seu referencial do martírio cotidiano, inspirado na vida oculta, simples e humilde da família de Nazaré”.
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A exemplo de São José, a quem Deus confiou os cuidados de Jesus e de Maria, a Josefina se empenha na defesa e proteção da Criança Perseguida.
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A Josefina tem na Eucaristia, seu Todo amor, divino Tudo, alimento revigorador da caminhada, tendo grande empenho pela oração e santificação dos sacerdotes.
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Desafiada pela Palavra de Deus, no “grito dos Santos Inocentes” e impulsionada pela força do espírito, a Josefina assume o Carisma dado ao Fundador: “luta em defesa da fé e da vida, sem medo de sentir o gosto esquisito do sangue dos mártires, que corre em suas veias” como sinal profético e libertador, na singularidade de sua identidade vocacional na Igreja.
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A Josefina compreende e faz sua experiência martirial junto a Jesus, vivendo, no cotidiano, um “martírio branco ou de sangue”, para que haja abundância de vida, na defesa da Criança Perseguida e Vulnerável, resgatando sua dignidade humana e origem divina; colaborando na missão dos Sacerdotes.
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O campo apostólico carismático da Josefina abrange as áreas da educação formal e informal, da evangelização e promoção social.
UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA ORIGINAL
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O Instituto Josefino é uma Congregação Religiosa, fundada em 1933, por Mons. Luis de Carvalho Rocha, então Cura da Catedral de Fortaleza, Ceará, Brasil. Depois de acompanhar a perseguição comunista no México, na década de 20, na qual foi mártir o jesuíta, Pe. Miguel Agustin Pró Juarez, além de um grande número de outros sacerdotes, religiosos e leigos. Mons. Luis Rocha, julgando ser possível acontecer o mesmo no Brasil, reuniu um grupo de moças que faziam parte da Pia União das Filhas de Maria da Catedral e iniciou com elas uma Congregação Religiosa Leiga (como ele a chamava), que pudesse, em colaboração com os Padres, continuar a missão evangelizadora da Igreja, de forma disfarçada, como o fez Pe. Pró com um grupo de senhoritas que o auxiliavam. Tudo deveria ficar em sigilo, por essa razão deveriam viver em suas famílias como verdadeiras religiosas, vivendo os três votos com absoluto espírito de fraternidade; não usariam hábito religioso ou outro distintivo externo, exceto o crucifixo interno a lembrar-lhe a ideia do martírio, nem mesmo se tratariam por irmãs. Isto porque sendo proibido o uso de símbolos religiosos, como acontecera no México, elas poderiam continuar seu trabalho de forma silenciosa e despercebida no meio do povo. Teriam como Patrono São José, padroeiro da Catedral e seriam chamadas “Senhoritas Josefinas”.
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Com a chegada da Ação Católica no Brasil, após três anos de formação e crescimento do Instituto, percebendo a singularidade de seu projeto e achando que jamais a Igreja o aprovaria, Mons. Luis Rocha dispensou-as, para que procurassem outras Congregações, ou se engajassem na Ação Católica, devendo, porém, guardar o segredo inicial. Das mais de cem jovens, muitas já com votos, sete permaneceram ligadas a Monsenhor, colaborando com ele nos trabalhos da Catedral e conservando no coração o projeto inicial, entre elas Rosita Paiva, a primeira a ser convidada por Monsenhor para fundar a Congregação, tendo assimilado de forma muito profunda o espírito do fundador.
Conforme relato de Rosita Paiva, assim falara Monsenhor às Senhoritas Josefinas: “Vocês querem saber de uma coisa? Quem funda uma Congregação Religiosa é santo ou doido, eu não sou santo nem doido, por isso...”. Contudo, em 1949, no leito de morte, perguntou a Rosita Paiva que o assistia com mais duas companheiras, se elas estavam satisfeitas no século. Depois acrescentou: “Só descansarei no céu quando as vir todas reunidas” (Histórico da Congregação, In: Constituições do Instituto Josefino, p. 14)
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No dia 15 de novembro, dois meses após sua morte (11 de setembro de 1949), elas escreveram uma carta ao novo Arcebispo de Fortaleza, Dom Antônio de Almeida Lustosa, revelando-lhe o segredo. Dom Antônio as reuniu imediatamente, dando continuidade à fundação do Instituto. Em dezembro do mesmo ano registrou-o como Sociedade Civil e iniciou a redação das Constituições. “Deu-lhes toda assistência na formação e em tudo o que dizia respeito ao crescimento do Instituto, iniciando-as na vida em comunidade” (cf. Histórico da Congregação, In: Constituições do Instituto Josefino, p. 14)
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Enviou a Roma o pedido de aprovação, tentando conservar o mais possível, a inspiração e a forma de vida pensada por Mons. Luis Rocha, como o sigilo, os trajes seculares, o uso interno do crucifixo, podendo algumas, viver na família (Josefinas externas) e outras em comunidade.
Porém, para atender às exigências da Sagrada Congregação, teve que abolir o grupo das Josefinas externas e regularizar a vida em comunidade. Dom Antonio acompanhou o Instituto com muita solicitude, dedicação e amor, lutando até o fim por sua aprovação canônica, falecendo em 1974. Finalmente, em 1963, veio a aprovação canônica como Congregação de Direito Diocesano.
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Em 1988, num Capítulo Geral assessorado pelo então Arcebispo de Fortaleza, o Cardeal Dom Aloísio Lorscheider, fez-se uma revisão de nossa história. Rosita Paiva, Superiora Geral, já por 38 anos, e considerada também fundadora, contou toda a história desde suas origens. Terminado seu relato, Dom Aloísio concluiu: “O fundador de vocês é Mons. Luis Rocha”.
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Referindo-se a este fato Rosita escreve mais tarde: “O Senhor Cardeal desceu conosco às fontes, às origens do nosso Instituto... e, com seu zelo de Pastor e incansável dedicação, penetrou nos anseios de Mons. Luís Rocha, anseios estuantes em sua alma sacerdotal, há... meio século...Foi um mergulho semelhante ao do descobridor de pérolas... À LUZ do Espírito Santo, o Senhor Cardeal nos fez discernir o Carisma, o Espírito, a Finalidade e a Missão, como filhas da Santa Igreja, a ela servindo com aquele amor e doação ao sacerdócio e aos sacerdotes a que Monsenhor se sentiu chamado para inculcar - nos. E... em tudo isso... o gosto esquisito do sangue dos mártires do México salpicando nossa pequena história inicial” (Carta de Dona Rosita às Josefinas, 21/01/88)
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Diante dos novos tempos e sentindo-se a necessidade de fazermos uma releitura do carisma para os dias atuais, conforme recomendação do Concílio Vaticano II, decidimos iniciar um processo de clarificação do Carisma. De dezembro de 2008 até janeiro de 2012, vivenciamos toda uma caminhada de volta ás fontes, orientadas por Ir. Maria Vilani Rocha de Oliveira – Franciscana Hospitaleira, que se especializou em Roma em Teologia da Graça e vem ajudando as Congregações brasileiras a voltarem às fontes, revendo suas histórias e clarificando os carismas, conforme recomenda a Perfectae Caritatis “(...)A atualização da Vida Religiosa compreende ao mesmo tempo contínuo retorno às fontes de toda vida cristã e à inspiração primitiva e original dos Institutos, e adaptação dos mesmos as novas condições dos tempos(...)”(cf. PC, n. 1); e ainda, (...) fielmente se reconheçam e se conservem o espírito e as finalidades próprias dos fundadores (...)” (PC. n. 2b). E na Evangelica Testificatio lê-se:“O Concílio insiste justamente na obrigação, dos Religiosos e das Religiosas, de serem fiéis ao espírito dos seus Fundadores, às suas intenções evangélicas e ao exemplo da sua santidade”. (ET. n.11).
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Com base nestas, e em tantas outras sábias orientações da Igreja, iniciamos esse Processo de Clarificação com a participação de toda a Congregação. E como foi bonito e revitalizante para nós, descermos às fontes, termos acesso a documentos, antes nunca vistos por nós. Mergulhamos na origem, sentimos a grandeza daqueles momentos primeiros, reconhecendo na pessoa do Monsenhor Luis Rocha aquele a quem Deus confiou o dom do nosso carisma.
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Em janeiro de 2012, encerramos todo o trabalho com a celebração do X Capítulo Geral Ordinário, quando foram apresentadas e aprovadas por unanimidade as conclusões do referido estudo. Quanto aos fundadores foram reconhecidos e confirmados: Mons. Luis de Carvalho Rocha, Fundador; Rosita Paiva, Fundadora; Dom Antônio de Almeida Lustosa, Co-fundador.